sábado, 15 de maio de 2010

CAUSO BIZARRO: Proibido morrer este final de semana!


PROIBIDO MORRER ESTE FINAL DE SEMANA


Há um lugar no interior de Minas chamado Lagoa sem peixe, com seus 4 mil habitantes, é um lugar como todas as histórias de lugar pequeno, humilde e pacato, e pra não perder o hábito de se falar sempre a mesma coisa, as pessoas são simpáticas e hospitaleiras, mas essa hospitalidade é justamente que deu causa ao nosso causo, pois, João Azeredo Azevedo de Arruda Assunção Teixeira, teve uma “lasca” de um problema no interior da Bahia, quando perdeu mulher e filho durante parto e não suportando a dor, saiu errante pelo mundo em busca de uma nova vida, antes porém, teve sérios problemas com as bebidas e não possuía grau de instrução suficiente para conseguir em bom emprego.
Nas andanças desse nosso personagem, quando passava pela pequena e pacata cidade de Lagoa sem peixe, com muita fome, pediu um prato de comida a uma senhora que deixara a janela aberta, e o cheiro “mavioso” que de lá desprendia, invadiu os pulmões do famigerado João, e não suportando mais uma vez, solicitou um pratinho “pra modi” sustentar-se. A dona boa de papo iniciou pequena indagação ao andarilho e sensibilizada com sua história, lembrou-se que o coveiro morrera há alguns dias e demorou dois dias para ser enterrado, porque teve de vir outro coveiro distante 60 quilômetros, por ser tradição naquele município, os coveiros serem de outro lugar, jamais um coveiro fora natural da região. João deu salto e ainda cambaleante e rindo “aos montes” pediu a indicação do local onde conseguiria o emprego e se foi para a casa do prefeito a fim de sanar seu problema.
O serviço para João encaixou feito “ dedo no nariz “, havia uma casinha nos fundos do cemitério e até uma “hortinha” para ele plantar sua cebolinha. Os anos se passaram, e o povo se acostumou ao jeitão do João, que de quebra não poderia deixar de adquirir um apelido e João Coveiro passou a ser seu codinome, seu estilo ignorentão de ser, muita filosofia e pouca ortografia e assim a vida foi passando.
Certo dia, João Coveiro resolveu fazer umas contas, pois aprendera em sua televisão de 14 polegadas preto-e-branca, que seu salário estaria defasado e vira ainda como se protestava, riscando em um cartaz os dizeres ALMEMTU JÁ e partiu para frente da prefeitura esquecendo-se completamente que era sábado e o citado órgão não abriria. A caminho da prefeitura foi procurado por Dona Zefina que aos prantos anunciou a morte do avô de 102 anos e teve como resposta do nosso João:
_”Morreu por que quis, eu to de greve e vou agora na casa do prefeito pra dizê pra ele que ta proibido morrê este finar de semana que eu to de greve”
Dona Zefina que já estava abalada fez questão de espalhar a notícia indo até à matriz e usando o megafone xingou cobras e lagartos e gambás também. Dentro de poucas horas o Cabo Muxi e o Soldado Iba foram chamados para intervir na questão, mas João permaneceu irredutível.
_Eu escurtei tudo direitim na TV quero meu aummento já!!
Disse o prefeito: “Mas João, te demos casa, lá você não paga luz, água, te demos uma televisãozinha, a igreja do pastor Pedrinho tá te dando uma forcinha no rango, precisamos interrar o seu Zé que faleceu essa madrugada.
_Mas que sujeito vacilão, porque não morreu semana passada? Ta atrapalhando minha greve até dispois de morto.
_Mas quanto você ta querendo mesmo de aumento?
_Cinco reais, é isso mermo, cinco reais, é pegá ou largá, senão vou me embora com a Gertrudes!
_Mas você se casou João?
_Cê besta, Gertrudes é minha gata, mas vai ou não vai?
Aquelas alturas já não era possível nem mais conversar, de tanto que o povo ria da situação hilária, várias pessoas se propuseram em dar os cinco reais do João que providenciou o enterro e permaneceu trabalhando por muitos anos.

Fonte do desenho: humortadela

FIM

ESTA ESTÓRIA É TOTALMENTE FICTÍCIA, QUALQUER SEMELHANÇA SERÁ MERA BIZARRICE. SE DER IBOPE A COMÉDIA VASI CONTINUAR. ÓTIMO FINAL DE SEMANA A TODOS!!!


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7 comentários:

Principe Encantado disse...

Muito boa charge e o texto nota de, ele gosta mesmo da Gertrudes.
Abraços forte

Mad Resgate disse...

Ola Edvalter

Este conto serve para nos mostrar que a simplicidade esta presente em nossos dias, e dela muitos se aproveitam em beneficio próprio.
Mesmo sendo uma ficção valeu pela reflexão.
Um forte abraço
Mad

Rosana Madjarof disse...

Edvalter,

Adorei o conto.

A simplicidade do povo é uma coisa fantástica mesmo, mas é uma pena que muitos aproveitam da inicência desses pobres coitados.

Ainda bem que é um conto... Mas que existem muitos casos parecidos, isso existe mesmo.

Adorei!

Bjs.

Rosana.

Artefatus disse...

Amigos agradeço o carinho, eu sonhei com parte deste conto, pela manhã resolvi colocá-lo no papel, aqui no blog é meu primeiro conto, conheço bem o interiorzão de Minas e apliquei uma parte do conhecimento aqui. Muito obrigado pela divulgação!!!

Terezinha Bolico disse...

Tenha muitos desses sonhos amigo, nós teus leitores ficaremos gratos, excelente texto.
abração
terezab

claudine ribeiro disse...

Amei este conto, ele é prá lá de engraçado kkkkk, amigo Edvalter, espero que tenhas mais sonhos como este.
Abraços.

Unknown disse...

Cumpadiiii!!!
olha moço,eu continuo admirando seu talento e reafirmo que ainda terei um autógrafo em um de seus livros,rss,com lançamento aqui no quadradinho federal(Brasília)...
Abraços a família cumpadiii!!